terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Votação de PL na Assembleia Legislativa

Sob intenso protesto do CPERS e demais entidades do Movimento Unificados dos Servidores Públicos, a Assembleia Legislativa, após quase 13 horas de sessão, aprovou, na madrugada desta terça-feira, dia 29, 26 dos 30 Projetos de Lei do sexto pacote do governo. Entre eles, um dos mais ferrenhos ataques aos direitos históricos dos servidores, o PLC 206, a chamada Lei de Responsabilidade Fiscal. 

A pressão dos educadores e demais servidores fez com que fosse retirado da pauta de votações a PEC 242/2015, que extingue licença-prêmio.

Desde a madrugada de segunda-feira, dia 28, inúmeros educadores de diversos Núcleos do CPERS estavam mobilizados, junto aos demais servidores, protestando contra os PLs que atacam o funcionalismo público gaúcho e trazem sérias consequências à população. A Casa do Povo amanheceu, mais uma vez, sitiada com centenas de policiais impedindo o acesso à Casa do Povo. A mesma prática foi realizada em setembro, quando foi aprovado o aumento do ICMS. A entrada nas galerias só foi liberada por volta das 15 horas, através da distribuição de um número limitado de senhas, deixando inúmeros manifestantes do lado de fora.

“O governo está abrindo mão de qualquer possibilidade de crescimento do nosso Estado e, para isso, está usando e massacrando o funcionalismo em nome de sua política de Estado Mínimo. Em um país sério, isso não ocorreria. Não vamos desistir, continuaremos na luta”, afirmou a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer.

O que prevê o PLC 206
O texto congela, na prática, reajustes para o funcionalismo e concursos públicos se a arrecadação dos cofres públicos estaduais cair ou se mantiver em relação ao ano anterior. Foram 29 votos a favor e 22 contra, com a aprovação de três das 17 emendas, que não alteraram o texto principal de forma substancial. Alguns partidos anunciaram que devem questionar o texto na Justiça, assim que ele for sancionado pelo governador Sartori.
A proposta proíbe que os gastos superem 60% da receita corrente líquida. Ela também prevê que, por dois anos, reajustes e aumento de gastos com pessoal podem ocorrer, mas condicionados ao crescimento da inflação e da arrecadação. Além disso, 75% do aumento da receita real podem ser aplicados em custeio e investimento e 25% podem ser destinados a gastos com pessoal.
A medida vale para todos os poderes e entes (o que gerou contrariedade, sobretudo, no Judiciário). O projeto ainda proíbe o governador ou gesto de conceder aumentos a serem pagos pelo sucessor e prevê prazos para concessão ou ampliação de incentivos ou benefícios de natureza tributária, que não podem ocorrer nos dois últimos quadrimestres da gestão.

Confira os projetos aprovados:
206/2015 – Cria a Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual. A norma proíbe que o Estado amplie gastos acima do crescimento da arrecadação. Estabelece limites para a concessão de reajustes ao funcionalismo e determina que 75% da receita incremental deverá ser aplicada em investimentos e 25% em salários. Para os sindicatos, é a principal proposta a ser combatida. O entendimento das corporações é de que a lei vai congelar salários nos períodos de crise.

503/2015 – Autoriza que o Estado venda a folha de pagamento ao Banrisul. O projeto determina que, antes de fazer o leilão, o Estado deverá fazer um estudo econômico e financeiro para definir o valor de mercado da folha que será negociada.

501/2015 – Autoriza a incluir no orçamento as despesas adquiridas a partir de sequestros judiciais nas contas do Estado para o pagamento das Requisições de Pequeno Valor (RPVs). Com a contabilidade dessa despesa, o desempenho das contas irá piorar, com o acréscimo de gastos existentes mas que, até então, não eram computados no orçamento.

299/2015 – Autoriza a extinção da Fundação de Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul (Fundergs) e a rescisão de todos os contratos de trabalho da instituição. Proposta enfrentará resistência das corporações e de entidades ligadas ao esporte, mas o governo sinaliza ter construído acordo para a aprovação. As extinções da Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (Fepps) e da Fundação Zoobotânica, por exemplo, continuam estagnadas na Assembleia por falta de apoio de deputados.

440/2015 – Faz modificações no estatuto dos servidores da Polícia Civil, de 1980. Trata principalmente das punições aos funcionários que cometerem irregularidades. Altera prazos de sindicâncias e dá mais autonomia à corregedoria para estabelecer punições.

243/2015 (PEC) – Torna desnecessária a realização de plebiscito para o fechamento ou venda da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa). Determina que a alienação, transferência do controle acionário, cisão, incorporação, fusão ou extinção da CEEE, da Companhia Rio-grandense de Mineração (CRM) e da Sulgás somente poderão ser realizadas após manifestação favorável da população expressa em plebis

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Mensagem Natal do 35º Núcleo


Direção do CPERS reúne-se com o secretário da Educação Vieira da Cunha

Nesta quarta-feira, dia 16, às 17h30, a Direção Central do CPERS reuniu-se com o secretário de Educação, Vieira da Cunha, para tratar de assuntos de interesse da categoria. Durante a reunião os diretores do Sindicato foram relatando os casos que chegaram até o CPERS, reivindicando soluções ao secretário. Entre os assuntos estavam: eleições de diretores, fechamento de escolas e turmas, carga horária, fechamento de Educação de Jovens e Adultos –  EJA, transporte escolar, Profuncionário, entre outros.
Sobre os fechamentos de escolas e turmas o secretário Vieira da Cunha, ressaltou não ter conhecimento. “Todos os casos que vocês me trouxeram, nós brecamos o processo. Nós não deliberamos fechamentos de escolas e turmas. Minha orientação é viabilizar, se caso não estão fazendo isso, estão indo contra as orientações da Secretária de Educação”, afirmou.
Outro assunto importante abordado foi a recuperação da carga horário dos professores e funcionários das escolas estaduais de Cachoeirinha, no mês de junho as escolas tiveram que suspender as aulas para evitar novos casos de meningite. “Precisamos encontrar uma solução para esses educadores, eles têm direito a 45 dias de férias. Como ficaria o início do ano, em descompasso? O município de Cachoeirinha solucionou com trabalhos à distância. Queremos que o Estado tome as mesmas medidas”, afirmou Helenir.
“Vamos marcar uma reunião para a próxima segunda-feira, na escola de Cachoeirinha  para ver o que podemos fazer para solucionar esse problema”, ressaltou Vieira.
No final do encontro Helenir entregou ao secretário, Vieira o documento com todos os assuntos que foram expostos durante a reunião. O secretário estudará os casos abordados pela Direção do CPERS, e marcará um próximo encontro para detalhar o que será feito em cada situação.


Fonte: http://cpers.com.br/direcao-do-cpers-reune-se-com-o-secretario-da-educacao-vieira-da-cunha/

35º NÚCLEO - CPERS/SINDICATO